quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

TOCA A GANHAR

Para quem está acordado de madrugada para quem tem insónias e só tem uma televisão como companhia, sabe que a programação resume-se às Televendas. Fartinhos de fazer o belo zapping entre o creme Nara e o Reduce Fat Fast, eis que a TVI saiu-se com um Toca a Ganhar das 3 às 4 da manhã.Cópia do formato espanhol, lembraram-se de arranjar uma espécie de Quem Quer Ganha para o late night da televisão portuguesa, que já referi que dominam as Televendas. Foram desencantar a modelo e ex-concorrente do Big Brother, Liliana Aguiar, para apresentar um programa para o qual as pessoas ligam e tentam adivinhar nomes, personalidades, locais escondidos, numa série de passatempos interactivos. A pobre rapariga tem a tarefa ingrata de fazer um directo às 3 da matina, em que basicamente passa uma hora a “encher chouriços”, a falar sozinha, desajeitada, à espera que alguém lhe ligue para o programa. Pormenores engraçados: a maneira como se coloca de perfil, claramente para evidenciar os seus contornos físicos; a constante ida ao copo de água (pudera, de tanto falar p’ró boneco!); os guinchos estéricos por ter dado dinheiro; a maneira singular de dizer: “Oláá boa noite!” e “Quero dar dinheiro aos portugueses…” (frustrada).


Em suma, o programa com mais conteúdo da televisão portuguesa!! (obviamente que isto foi o maior sarcasmo do dia).A verdade é que mesmo assim passam aquela hora a ver o programa, visto que as alternativas não são melhores! E há que dar valor à rapariga, que apesar das constantes calinadas no português, não tem uma tarefa fácil! Ela tem um grande domínio da emissão, enchendo chouriços o mais possível enquanto espera ali sozinha que alguém telefone, pedindo insistentemente aos espectadores para ligar, que falem com ela, que ganhem dinheiro, que liguem. liguem, liguem, como se o destino dela dependesse disso! (eheh)As faltas de chamadas são realmente uma chatice para a rapariga, o que a leva a duplicar o dinheiro em jogo, ou a dar mais tempo para ligar.Agora só resta esperar que a SIC faça um programa do género, só que em vez de duplicar o dinheiro, faz a apresentadora perder uma peça de roupa ou algo parecido…


Gato Fedorento condenado a desembolsar 400 euros


A estrela de televisão José Diogo Quintela, dos Gato Fedorento, foi ontem condenado pelo tribunal ao pagamento de 400 euros e à execução de trabalho a favor da comunidade, depois de ter sido apanhado a conduzir com álcool.
José Diogo Quintela foi ontem presente ao Tribunal de Pequena Instância, às 10 horas, na sequência de uma detenção por parte da PSP de Lisboa, onde lhe foi detectado 1,6 g/l (gramas de álcool por litro de sangue). A detenção ocorreu cerca das três horas da madrugada do primeiro dia do ano, quando o artista tinha acabado de fazer o "revéillon" da RTP 1, realizado no Pavilhão Atlântico do Parque das Nações.

José Diogo Quintela participava no programa "Diz que é uma espécie de réveillon", brindando sucessivas vezes com uma garrafa de espumante nas mãos. A dado passo terá dito mesmo que estava com "uma grande narsa", segundo foi noticiado.
Foi nestas condições que José Diogo Quintela concluiu o programa e já quando circulava no Cais de Sodré foi interceptado pela PSP, que nessa altura realizava várias operações de controlo de tráfego e dos condutores.
O membro dos Gato Fedorento fazia-se deslocar num Renault Mégane e ter-se-á encostado demasiado a um veículo da frente, facto que chamou a atenção de um agente da PSP, que o mandou parar. Fez então dois testes de álcool, ambos positivos, registando um valor de 1,6 g/l de sangue e foi de imediato detido até cerca das 4.30 horas na esquadra. O carro acabou por ser levado por uma amiga, que também fez o teste de álcool. Foi-lhe determinada a apresentação para ontem às 10 horas, no Tribunal de Pequena Instância, que, em processo sumaríssimo, condenou o artista ao pagamento de 400 euros destinados à Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral e ainda à realização de trabalho a favor da comunidade. No entanto, o processo para esta condenação vai ser enviado para a Direcção-Geral de Viação, que depois analisará e determinará o tempo de trabalho comunitário.O juiz que determinou a pena optou por não retirar a carta a José Diogo Quintela, tendo em conta que ele é primário, ou seja, nunca tinha sido condenado por crimes do género.

Carlos Varela